Um desastre iminente
Se aconchega em nosso olhar
Em legíveis escrituras
Mas como todo bom devaneio
Eu quero um cisco pra coçar
E eu te toco assim
Mesmo sem partitura
Desvendamos o enigma
Que nos tem
Mas ainda não sei
Quem carrega quem
Se somos nós
Num desfile dum carro de feno
Ou se é o amor que nos arrasta
Esperto da ingenuidade
Que sempre sabe bem a hora certa
De sofrer e chamar atenção
Mas como todo bom mistério
A poesia se revela
Nos rastros de uma leve distração
Desvendamos o enigma
Que nos tem
Mas ainda não sei
Quem carrega quem
Se somos nós
Num desfile dum carro de feno
Ou se é o amor que nos arrasta
Pelo cabelo
Extrai-me a pedra então
A loucura de homens
Que se tornam são
No amor